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Publicado em por Adalberto Santos
A tua presença diante da imagem
A tua presença diante da imagem não é simplesmente uma consequência direta da minha fotografia, mas sim o resultado de uma intimidade que se estabeleceu através do olhar atento do fotógrafo ou do autor da imagem. É essa intimidade, essa ligação subjetiva entre a obra e o observador, que permite que a presença seja sentida.
No entanto, é importante ressaltar que essa presença nem sempre é algo palpável ou evidente. Muitas vezes, a presença física de alguém diante da imagem pode se transformar em uma espécie de ausência. Isso acontece porque a verdadeira presença não se limita apenas à ocupação do espaço físico, mas está profundamente ligada ao envolvimento emocional e intelectual com a obra de arte.
Dessa forma, quando nos deparamos com espaços vazios dentro da imagem, surge um desejo intrínseco de preenchê-los, de atribuir-lhes sentido através do nosso olhar. Essa necessidade de dar significado ao vazio é uma forma de interação ativa com a obra de arte, uma maneira de completar aquilo que está incompleto.
Nesse sentido, o espaço vazio na imagem desencadeia uma procura por sentido e significado. Através do nosso olhar atento e da interpretação subjetiva, procuramos preencher esses espaços vazios, trazendo uma nova dimensão à obra. É como se o vazio se tornasse um convite para a participação ativa do observador na construção do significado da imagem.
A presença diante da imagem vai além da simples observação passiva. Ela envolve uma imersão profunda, uma interação entre o espectador e a obra de arte, na qual nossos pensamentos, emoções e percepções se entrelaçam para dar vida e sentido à imagem. É nesse processo que a linguagem da arte se revela, convidando-nos a explorar e decifrar os significados subjacentes, e transformando a aparente ausência em uma presença poderosa e significativa.