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Que estranho é o tempo, e que estranhos somos nós na sua passagem inexorável.

Que estranho é o tempo, e que estranhos somos nós na sua passagem inexorável.
Que estranho é o tempo, e que estranhos somos nós na sua passagem inexorável. As fotografias, como testemunhas silenciosas desse eterno bailado, capturam momentos efémeros que revelam profundas metamorfoses. O tempo, manifestado através do jogo de luzes e sombras, tece narrativas visuais onde os rostos e cenários se entrelaçam num diálogo simbólico.
Nas imagens congeladas, os contornos das expressões humanas são marcas na geografia do tempo, traços que definem a evolução das identidades e dos sentimentos. A emulsão da fotografia, tal como a trama temporal, é sensível às mudanças, revelando texturas emocionais que transcendem as dimensões físicas.
As cores desbotadas e os tons envelhecidos na superfície da fotografia assemelham-se à pátina do tempo sobre a nossa própria existência. Os enquadramentos meticulosamente escolhidos são como janelas para momentos que não podem ser revividos, mas que persistem como fragmentos de um puzzle da memória.
O espaço vazio entre os elementos na fotografia é onde reside o mistério, a subjetividade que nos convida a decifrar o passado, enquanto o presente se dissipa rapidamente no pretérito. Cada clique da câmara é um ato de congelar a fugacidade do tempo, tornando-nos cúmplices desse eterno conflito entre o efémero e o atemporal.