O boldo é uma árvore originária da América do Sul cujas folhas são tradicionalmente utilizadas em fitoterapia, também referido como boldo-do-chile (Peumus boldus).

As propriedades do boldo derivam da sua riqueza em substâncias designadas de alcaloides, sendo a boldina, o principio activo alcaloide principal, responsável pelos seus efeitos na regulação do aparelho digestivo. Ainda que não se conheçam na íntegra os mecanismos de actuação da boldina, pensa-se que esteja envolvido na estimulação da secreção de bílis pela vesicula biliar, auxiliando directamente à digestão de gorduras e bom funcionamento do fígado.

Desta forma, de entre as suas propriedades medicinais destaca-se principalmente o seu efeito digestivo, hepatoprotector (protector do fígado) e anti-espasmódico. Por estas razões, o boldo é usualmente indicado para consumo (em infusão, cápsula ou outra forma suplementar) nos casos de digestão difícil, azia e/ou enfartamento após as refeições, má digestão das gorduras (por disfunção do fígado ou da vesícula biliar), náuseas, vómitos e obstipação (laxante suave). Ao nível do aparelho digestivo, é conhecido por proteger e melhorar o funcionamento do fígado.

Pelo teor em antioxidantes das folhas, são também atribuídas ao boldo propriedades anti-inflamatórias e anti-microbianas, reforçando, assim, o sistema imunitário da sua capacidade de deseja do organismo contra agentes infecciosos, como vírus, fungos e bactérias. Tem, ainda, ligeiro efeito inibidor da agregação plaquetária, evitando a coagulação do sangue e mantendo-o mais fluido. De notar que, por esta razão, deve ser usada com cautela e aconselhamento por um profissional de saúde nos casos de alterações da coagulação sanguínea e/ou toma de medicação para o efeito.