Porque é que a Tailândia e o Dubai são destinos seguros para viajar no período de pandemia?

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Temos a sorte de trabalhar dois destinos turísticos que têm sido casos de sucesso no controlo da pandemia. Embora tenham adotado politicas de controlo epidemiológico totalmente diferentes, ambos estão no Top 10 dos países que melhor geriram a pandemia em todo o mundo.

 

Vejamos o caso da Tailândia.

A Tailândia foi o segundo país do mundo a divulgar casos de COVID-19. Aconteceram ainda em Janeiro de 2020, logo a seguir a Wuhan. Sem hesitações, nem contemporizações, o governo Tailandês fechou imediatamente as fronteiras. Esta decisão radical, que na altura pareceu exagerada e foi muito contestada, durou até novembro e mereceu o aplauso da maioria da população local, que temia seriamente que o vírus se propagasse a uma escala semelhante à da Europa e da América.

No final do ano 2020 o Governo tailandês decretou uma “abertura parcial” das fronteiras, mas esta medida foi pouco eficaz do ponto de vista turístico - os viajantes estrangeiros podem visitar a Tailândia, desde que se sujeitem a uma quarentena de 15 dias em hotéis especificamente designados para o efeito e apresentem à chegada ao aeroporto testes negativos feitos 72h antes da partida. Compreende-se que o objetivo seja promover visitas de longa duração de públicos alvo com poder de compra, que optem por passar longas temporadas na Tailândia durante o período da pandemia, em condições de segurança que a maior parte dos outros países não consegue oferecer. No espaço temporal de 13 meses a Tailândia registou apenas 25.764 casos de COVID-19 e 83 óbitos, o que são números notáveis num país com 70 milhões de habitantes. Mas as consequências desta politica foram devastadoras para a economia Tailandesa, e muito particularmente para o Turismo.

A Tailândia iniciou entretanto o seu programa de vacinação e, por isso, prevemos que no segundo semestre deste ano o regime da quarentena obrigatória comece a ser gradualmente levantado. Até lá os tailandeses continuam a “salvo” mas a sua economia sobrevive com grandes dificuldades.

 

Quanto ao Dubai…

O Dubai foi um dos primeiros países a adotar protocolos rigorosos de controlo da pandemia e um dos primeiros a abrir as fronteiras, em 7 de Julho de 2020.

Com uma economia também muito dependente do turismo, apostou sobretudo em soluções equilibradas, exigindo o cumprimento rigoroso de protocolos sem nunca dificultar excessivamente a entrada no país. Como é um país quente e bem equipado do ponto de vista hospitalar, foi possível manter o número de casos de COVID-19 bastante abaixo da média europeia.

Isso não impediu no entanto que a economia não se tivesse ressentido, ainda que de uma forma muito menos acentuada do que na Tailândia. O Dubai nunca parou completamente. Daí que, estrangeiros de todo o mundo e residentes nos EAU, tenham optado por viver no Dubai durante o período de confinamento, de forma a aproveitarem o bom tempo e as excecionais condições de preço, conforto e segurança que muitos hotéis inteligentemente estão a praticar.

O Dubai foi também um dos primeiros países a vacinar (começaram em novembro com a vacina chinesa) e tem neste momento mais de 50% população vacinada. É por isso um dos destinos mais bem preparados para voltar a ter um boom turístico e será seguramente um dos primeiros a recuperar o crescimento económico.

 

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Rosário Louro

Diretora-Geral